segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Obras da Copa

Olá! Pessoal! Um Bom Dia a todos!
Algum tempo atrás em conversas com amigos em um grupinho de final de tarde o assunto foram às manchetes que os jornais de todo o país haviam naquele dia publicado sobre os atrasos nas obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.
Muitas possibilidades estavam sendo discutidas, muitos porquês e todos tinham uma justificativa até que muitas vezes, convincentes.
- “Alguém já pensou que isso pode ser parte integrante do Plano”, gritei ao grupo, pois todos sabem que tais assuntos e alguns goles de entusiasmos aumentam sobremaneira o volume das conversas. “Não” responde um, “quem sabe” outro e a discussão inflamou.
Como naquela semana um ministro já havia sido afastado por desconfiança de improbidade e coisinhas mais, a possibilidade de atitudes como essa não pode ser descartada.
Passado algum tempo, é votado no Congresso uma medida que autoriza a contratação de obras emergenciais sem licitação para que esses atrasos nas obras possam ser recuperados.
Leio que o estádio onde será realizado a final da copa sequer as obras iniciaram ..., mas é só pra 2014 e é só um estadiozinho de futebol, dá tempo. O estádio escolhido para sediar os jogos aqui do Estado também está com as obras paradas então, tá indo pro lado que eu havia falado. As desculpas são muitas, mas o sentido é o mesmo: as obras estão atrasadas.
Hoje, leio no jornal Estado de S. Paulo a manchete: “Obras da copa de 2014 estão R$ 2 bilhões mais caras”, surpresa? Não. Precisão britânica no cumprimento de um cronograma minuciosamente elaborado, por técnicos de imensa capacidade de planejarem e programarem dentro da legislação o favorecimento de pessoas e grupos.
Quero entender que até quem vai ser exposto, ou melhor, deposto ou aparentemente responsabilizado e depois processado já consta do cronograma do planejamento, pois o processo se arrasta pelas diversas instanciais judiciais deliberadamente burocratizadas para beneficiar o “infrator” escalado e após anos e anos de vai e vem processual nada acontece e tudo é esquecido e então o “tal” que nada sofreu e muito menos nada “perdeu” ou “devolveu” volta eleito a um novo cargo público e o ciclo se completa.
Alguém duvida disso?
Beijo a todos.
Huilton.