segunda-feira, 13 de outubro de 2014
13 de outubro de 1307
Por volta de 1306, Filipe IV, da França – Filipe, o Belo -,
estava ansioso para livrar seu território dos templários, arrogantes e
impulsivos, eficientemente treinados, um contingente militar muito mais forte e
mais organizado do que qualquer outro que o próprio rei poderia reunir. Eles
estavam solidamente estabelecidos em toda a França, e naquela época até mesmo
sua fidelidade ao papa era apenas formal. Filipe não exercia nenhum controle
sobre a ordem. E lhe devia dinheiro. Tinha sido humilhado por ela, quando,
fugindo de uma rebelião em Paris, fora obrigado a buscar refúgio na preceptoria
do Templo. Ele desejava a riqueza imensa do Templo que, durante sua estadia no
local, tornou-se flagrante. Havendo solicitado sua inclusão na ordem como
postulante, o rei sofreu a indignidade de ser desdenhosamente rejeitado. Estes
fatos - juntamente, é claro, com a perspectiva alarmante de um Estado templário
independente em suas vizinhanças - foram suficientes para induzir Filipe a
agir. Heresia era um pretexto conveniente.
Primeiro, Filipe precisava conseguir a cooperação do papa,
a quem, pelo menos em teoria, os templários deviam fidelidade e obediência.
Entre 1303 e 1305, o rei francês e seus ministros engendraram o rapto e a morte
de um papa (Bonifácio VIII) e muito provavelmente a morte por envenenamento de
outro (Benedito XI). Então, em 1305, Filipe conseguiu assegurar a eleição de
seu próprio candidato, o arcebispo de Bordeaux, para o trono papal vago. O novo
pontífice tomou o nome de Clemente V. Comprometido com a influência de Filipe,
ele não podia recusar as solicitações deste. E essas solicitações incluíam a
supressão dos templários.
Filipe planejou seus movimentos cuidadosamente. Uma lista
de acusações foi compilada, em parte por espiões infiltrados na ordem, em parte
por confissão voluntária de um suposto templário renegado. Armado dessas
acusações, Filipe podia finalmente agir. Quando atacou, o fez de modo súbito,
rápido e letal. Numa operação de segurança digna das SS ou da Gestapo, o rei
enviou ordens secretas e seladas aos seus senescais em todo o país. Elas
deveriam ser abertas em todos os lugares simultaneamente e implementadas
imediatamente. Na madrugada de 13 de outubro de 1307, todos os templários na
França deveriam ser capturados e presos pelos homens do rei, as preceptorias
colocadas sob guarda real e seus bens confiscados. O objetivo de surpreender
foi atingido, mas seu principal interesse – a imensa fortuna da ordem – lhe
escapou. Ela jamais foi encontrada. O que aconteceu com o fabuloso tesouro dos
templários permaneceu um mistério.
Hoje, (707 anos) sete séculos após a ação criminosa de
Filipe, em conivência com a Igreja Católica Apostólica Romana, a Ordem do
Templo mantem seus valores morais e éticos no mundo inteiro.
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